quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Cá se faz, cá se paga

O presidente angolano manifestou o interesse de manter um encontro com o predecessor de Armando Guebuza à testa do Estado moçambicano. O pedido terá sido anotado e as condições certamente criadas para viabilizar tal reunião. Resta agora saber se Joaquim Chissano - fazendo juz ao aforismo segundo o qual «cá se faz, cá se paga» ! - terá disponibilidade para «dois dedos de conversa» com Eduardo dos Santos. É que quem acompanha a vida política e diplomática da região (e não sofre de amnésia, pois claro!) sabe que aqui há cerca de oito anos o convidado de Guebuza terá deixado Chissano embaraçado quando este estendeu a mão para saudá-lo sem que Dos Santos se dignasse a apertá-la. Hoje ao afirmar recentemente que em «África já não há espaço para ditadores (sic)», não estará Chissano a dar o troco a Eduardo dos Santos e a dizer que, afinal, a vingança sempre se serviu fria?

Desportivo de Maputo bate (sem dó nem piedade) equipa angolana e transforma-se em dona e barona do basquete africano (Por Eugénio Almeida)

As senhoras do basquete do Desportivo de Maputo ganharam a Taça dos Clubes Campeões Africanos, de basquetebol feminino, ao derrotarem na final as destronadas campeãs angolanas do 1º de Agosto por esclarecedores 64-47 (ou 64-48). Nos terceiro e quarto lugares foram para as duas restantes equipas moçambicanas; as senhoras do Ferroviário de Maputo (foram segundas no ano passado no Gabão), que venceram as suas compatriotas do ISPU por 63-56, arrecadaram o terceiro lugar. Depois do Maxaquene, em 1991, e da Académica em 2001, as alvi-negras do Desportivo de Maputo voltaram a colocar uma equipa moçambicana no pedestal da Taça.

O perfil do «amigo» angolano de Armando Guebuza

José Eduardo dos Santos , nascido em Luanda, aos 28 de Agosto de 1942, é um engenheiro e político angolano, segundo presidente do seu país após a independência. Engenheiro de petróleos por formação, José Eduardo dos Santos assumiu a presidência de Angola após a morte do seu antecessor, Agostinho Neto. Presidente da República de Angola, comandante em chefe das Forças Armadas Angolanas (FAA), presidente do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) o partido que sustenta o Governo angolano. É por muitos considerado, o homem mais rico do País, a sua família controla algumas empresas do sector de construção, petrolífero, telefonia, de recolha de lixo na cidade capital, Luanda, do ramo diamantífero, bancário e no sector hoteleiro com a gestão do famoso restaurante Miami Beach em Luanda e acções em alguns hotéis badalados da cidade capital.

Dos Santos pode encontrar-se com Chissano

O Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, poderá encontrar-se com o ex-presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, durante a visita que efectua, desde ontem, a este País. Segundo o embaixador de Angola em Moçambique, Garcia Bires, se o tempo permitir o presidente José Eduardo dos Santos vai encontrar-se com Joaquim Chissano para trocarem pontos de vista, tendo em conta a sua experiência e o prestígio que este granjeia na arena política africana e internacional.Quanto às políticas angolanas e moçambicanas em questões regionais e internacionais, Garcia Bires disse que os dois países mantém uma relação concertada, através dos organismos de que ambos são membros, como a SADC, a CPLP e os PALOP, tendo em conta os laços culturais que os unem.

Moçambique participa na reunião anual dos Serviços de Inteligência da CPLP

Moçambique participa em Luanda na reunião anual dos Serviços de Inteligência da CPLP
O director geral adjunto da Agência Brasileira de Inteligência, José Milton Campana, chegou terça-feira, a Luanda para participar na décima reunião anual dos Serviços de Inteligência dos países membros da Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP), a decorrer de 30 de Outubro a dois de Novembro, em Luanda

É algo que não entendo (Por Jofre Justino)

Como é sabido foi, formalmente, no contexto também dos Direitos Humanos que a UNITA foi violentamente sancionada, pelas Nações Unidas, aliás como eu próprio, que estive dois anos proibido de ser remunerado em qualquer actividade que tivesse, sem ter sido alvo de qualquer julgamento. O que sucedeu e sucede no Zimbabwe não tem sido mais que sucessivas violações aos Direitos Humanos, perpetradas em parte sobre cidadãos nacionais e em parte sobre cidadãos britânicos ou também britânicos. Daí que entenda não ser curial que países africanos que assumiram agressivamente posições de forte acusação à UNITA e aos seus membros, se recusem a entender e a acatar a posição da Grã Bretanha no que respeita à aceitação da presença do sr Mugabe em Lisboa. Na verdade, no que respeita ao caso da UNITA nenhum dos seus membros teve sequer direito à defesa da sua honra e ainda hoje encontramos na INTERNET as mais escabrosas, infames e insultuosas acusações sobre nós sem que tenhamos quaisquer condições de resposta às mesmas, por falta de acesso a meios que as Nações Unidas, os Estados, a comunicação social, etc, têm.

No entanto, sobre este escândalo mantém-se o silencio e mesmo alguma cumplicidade da actual Direcção da UNITA pois nada faz para que a defesa da honra de membros e ex membros seus se concretize.