terça-feira, 15 de abril de 2008

Alguns destaques da edição 192, de 15/Abr/2008

China investe com peso e medida no nosso País
- Gigante asiático foi o sexto maior investidor em 2007

A CHINA foi o sexto maior investidor estrangeiro, em Moçambique, em 2007, com cerca de 60 milhões de dólares norte-americanos, numa lista encabeçada pelos Estados Unidos que investiram pouco mais de 5 mil milhões de dólares norte-americanos. O valor do investimento chinês em 2007 representa 11 projectos em áreas como agricultura, aquacultura, obras públicas e florestas (extracção de madeiras). O país com maior número de projectos foi a África do Sul com 67 correspondentes a pouco mais de 9 milhões de dólares norte-americanos.

«Miss» Diogo janta com jornalistas
A ministra da Função Pública convidou os editores dos principais jornais editados em Maputo para um jantar-executivo a ter lugar hoje às 19 horas num dos hotéis da capital do País. O convite de Victória Diogo – segundo uma nota de imprensa chegada à nossa redacção - tem como escopo divulgar e fazer um balanço das actividades da reforma do Sector Público moçambicano realizadas o ano passado.

Líder dos Massukos ganha prémio Nobel do ambiente
O cantor moçambicano Feliciano dos Santos ganhou o prémio Goldman Prize, considerado por muitos como o prémio Nobel do ambiente. Feliciano que lidera a banda moçambicana Massukos, é distinguido pelo seu trabalho na divulgação dos problemas da saúde, água e Sida. As Nações Unidas estimam que as doenças diarreicas matam por ano 1.8 milhões de pessoas. Feliciano recebeu o prémio numa cerimónia na cidade norte-americana de São Francisco.

Barragem de Cahora Bassa fornece electricidade à África do Sul
A Companhia Hidroeléctica de Cahora Bassa (HCB), empresa que explora a barragem do mesmo nome, na província de Tete, no oeste de Moçambique, espera assinar brevemente um acordo com a Sociedade Sul-Africana de Electricidade, ESKOM, nos termos do qual a HCB fornecerá 250 megawatts suplementares à ESKOM. Os recentes cortes de electricidade ocorridos na África do Sul mostraram quanto a situação energética deste país da África Austral é crítica. Por conseguinte, a barragem de Cahora Bassa é duma importância crucial para a empresa ESKOM, que precisa de todos os megawatts suplementares que ela pode comprar. Contactado pela Agência de Informação de Moçambique “AIM”, o presidente do Conselho de Administração da HCB, Paulo Muxanga, confirmou que a 3 de Abril último, as duas companhias assinaram um acordo técnico que estabelece o seu compromisso a aumentar a quantidade de energia fornecida pela HCB à África do Sul.

A alternância não se compra, conquista-se (por Orlando Castro9
«A UNITA será poder em Angola no dia em que os angolanos o quiserem. Porque a UNITA é pertença do povo angolano. No nosso país, o processo de democratização é irreversível. Ora, a alternância de poder é uma característica inerente aos sistemas democráticos,» afirmou em entrevista ao Notícias Lusófonas em Lisboa,publicada a 26 de Junho do 2006, Anastácio Sicato, então delegado da UNITA em Portugal, hoje ministro da Saúde de Angola. As afirmações de Anastácio Sicato continuam actuais, sobretudo porque já existe uma espécie de calendário eleitoral embora feito, diga-se, à medida do MPLA de Eduardo dos Santos. Mas, no que respeita à UNITA no exterior, nomeadamente em Portugal, urge perguntar o que está a ser feito para justificar, ou apressar, essa alternância de poder. Não falo de ideias. Essas não faltam. Falo de coisas concretas, de projectos viáveis, de iniciativas com cabeça, tronco e membros.

A 13ª tarefa de Hércules (por Gil Gonçalves)
- Não há bons governantes, apenas homens que executam o desejo, a vontade do povo

Atirei o telemóvel para o lixo. Quero caminhar normalmente, não ficar sem vida eternamente. Ganhar o presente dos assaltantes, perder o futuro. Apesar de muitos seguranças métricos que guardam o que não lhes pertence, a intranquilidade é palustre. Muitos seguranças, muita insegurança. Tudo tão inconfortante,
abundante. O lixo é superabundante, os baldes das águas imundas cozinham-no. Colossais colunas de lixeiras esculpidas, estábulos de Augeias. Hércules foi contratado para a derradeira décima terceira tarefa; acabar com o lixo. Seria pago com vários tostões de oiro. Não conseguiu, desistiu, desamarrou-se furioso porque vinte e oito assinaturas eram comissionadas. O âmago do meu espírito tenta libertar-se da desordem circundante. O lixo encolerizante une-se à árvore derrubada pela força inumana. Os canteiros de flores perderam-se na imposição dos canteiros de obras concretos, dos novos construtores dilectos.

SOMÁLIA: Uma britânica e três quenianos mortos por islamitas
Três professores – uma britânica e dois quenianos - foram mortos domingo à noite num ataque de rebeldes islamitas a uma localidade do centro da Somália, disseram testemunhas. O ataque, em Beledweyne, capital da província de Hiraan (300 quilómetros a Norte de Mogadíscio), causou também a morte a um civil queniano, segundo as mesmas fontes. «A professora britânica e os dois quenianos, que eram também docentes, foram mortos aqui na noite passada», declarou Abdhakin Mohamoud Hassan, parente da vítima somali do ataque.

Açores e Cabo Verde criam observatório para a cooperação
Os executivos de Cabo Verde e Regional dos Açores criaram, a semana passada, um observatório para a cooperação entre os dois arquipélagos, que prevê que os chefes de governo se reúnam de dois em dois anos. Esta nova estrutura, que vai coordenar e aprofundar a cooperação política e técnica entre os Açores e Cabo Verde, foi formalizada no final de uma visita de sete dias do presidente do executivo açoriano ao país. A deslocação de Carlos César, considerada histórica pelos dois responsáveis governamentais, terminou com a assinatura de um documento-quadro para a cooperação, que tem em anexo sete protocolos em diversas áreas.

BRASIL: Lula nega que biocumbustível seja responsável pela subida dos preços
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, negou, na Holanda, que os biocombustíveis sejam responsáveis pelo aumento mundial dos preços dos alimentos. Numa reunião com o primeiro-ministro holandês Jan Peter Balkenende, Lula da Silva defendeu o etanol e o aumento da produção de alimentos para evitar a subida dos preços no mercado internacional. A subida dos preços dos alimentos, em vários países do mundo, é resultado do aumento do consumo por parte dos pobres do Brasil, Ásia, África e da América Latina, assegurou o presidente.

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