quarta-feira, 16 de abril de 2008

Alguns destaques da edição 193, de 16/Abr/2008

«Sir» Mugabe, o Hitler africano de que (não) se fala na CPLP! (por Joffre Justino)
- É possível que a Comunidade Internacional feche os olhos (...) e deixe que o ditador morra sossegado na cama do Poder
ROBERT Mugabe e o seu partido, a ZANU-PF, mostram a sua face resistindo o que podem a reconhecer a sua derrota eleitoral face ao MCD de Morgan Tsvangirai. De momento, Mugabe, que não deveria ter estado na ultima Cimeira de Lisboa da União Europeia, tal qual leaderes como o trabalhista inglês assumiram, mantém um estranho silêncio, bem idêntico ao vivido em 1992, em Angola, aquando da Fraude Eleitoral então vivida, pelo eng. José Eduardo dos Santos, actual PR de Angola, e pelo MPLA, partido actualmente maioritário, ainda que ambos sem que tal resulte de um acto eleitoral.

Banco detido pelo Millenium BCP anuncia crescimento de 36,4 por cento em 2007
Os resultados do banco moçambicano Millenium BIM, detido pelo Millenium BCP, cresceram 36,4 por cento em 2007 situando-se nos 1,39 mil milhões de meticais (36 milhões de euros). De acordo com o relatório e contas da empresa, divulgado recentemente, de 2006 para 2007 os resultados líquidos cresceram 373 milhões de meticais (9,5 milhões de euros) - em 2006 tinham-se cifrado em 1,025 mil milhões de meticais (26,3 milhões de euros).

DIRECTOR - EXECUTIVO ( JOÃO FERNANDES) DA OIKOS ALERTA: Tensão existente entre agricultores moçambicanos pode incendiar o País
O director executivo da Oikos, organização que tem projectos de desenvolvimento em Moçambique, alertou, em declarações à rádio portuguesa TSF, para a tensão existente entre os agricultores, que dentro de poucos anos podem levar a um problema grave. «Em Moçambique existe, neste momento, uma tensão entre a produção de material vegetativo para a produção de biocombustível e de cereais», alertou João Fernandes, adiantando que se o problema persistir durante mais dois anos, o País vai enfrentar um «gravíssimo problema». Perante a crise, adiantou, Moçambique «terá de pagar mais para a importação de alimentos», enquanto «os dadores, que antes disponibilizavam alimentos, não vão poder continuar a fazê-lo».

Maputo acolhe em Dezembro IX Conferência das Igrejas Africanas
Maputo vai acolher em Dezembro próximo a IX Assembleia da Conferência das Igrejas Evangélicas de África, para uma reflexão sobre temas como o HIV/SIDA, direitos humanos e situação política, anunciou recentemente o Conselho Cristão de Moçambique. Em declarações à Agência Lusa, o presidente do Conselho Cristão de Moçambique (CCM) e bispo da Igreja Anglicana de Moçambique, Dinis Sengulane, adiantou que são esperadas para o evento 3 000 pessoas, incluindo representantes de Angola e Cabo Verde, faltando ainda a confirmação das presenças da Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe.

Brasil apoia reforma da educação profissional em Moçambique
O Ministério da Educação do Brasil vai desenvolver um programa de cooperação com o Governo de Moçambique, visando a reestruturação do ensino nas escolas agrícolas do País. Com esse objectivo, a assessora internacional da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), Márcia Moreschi, encontra-se em Maputo desde segunda-feira, 14. Em Maputo, capital do País, ela detalhará projectos de cooperação bilateral com o Brasil. A proposta é apoiar a reforma da educação profissional do nosso País com base na experiência brasileira. A missão é coordenada pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), ligada ao Ministério das Relações Exteriores.

O CAVALEIRO DO REI (I): O cavaleiro Epok (por Gil Gonçalves)
- Ainda existem reinos, que por vontade própria regressam, vivem, revivem, convivem na Idade Média. Este é um desses reinos
Reino Petrolífero, algures no Golfo da Guiné. Para algumas almas, a Terra continuará plana e centro do Universo e com apenas seis mil anos de idade. São estas almas de nobreza quadrada, fugitivas do redondo, que conceberam um potente imã que atrai dela todas as riquezas. Protegidos por pretores que aniquilam as reivindicações dos servos da gleba, a escravidão há-de ser, é eterna, sempre se propaga. Enquanto nos prédios dos baldes de águas purulentas, que voam na mais perfeita anormalidade, e se espalham, derramam no solo as epidemias da contemplação visual, do futuro abismal, normal. Arreda daqui, arreda dali, multidões esfomeadas revendem e furtam-se para sobreviverem.

Luanda leva a Lusaka todo o saber sobre democracia e transparência (por Orlando Castro)
O presidente angolano, José Eduardo dos Santos, esteve na capital zambiana, Lusaka, para participar na Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) que deverá (deveria) analisar a situação no Zimbabué. Bem acompanhado para uma cimeira desta importância (além do ministro dos Negócios Estrangeiros, João Bernardo de Miranda, levou também a mulher), Eduardo dos Santos deverá com certeza falar da experiência democrática que Angola (não) tem. Curiosamente, ou talvez não, Angola preside ao órgão Político de Defesa e Segurança da SADC que coordena as equipas que supervisionam eleições nos países membros, tendo coordenado as eleições que decorreram em 29 de Março no Zimbabué. Não está nada mal. Angola a supervisionar eleições? Claro!

ZIMBABUÉ: Movimento normal nas ruas em dia de greve geral
A população do Zimbabué parece ter ignorado o apelo da oposição à greve geral, de ontem, verificando-se nas ruas a agitação normal de quem se desloca para o trabalho, segundo a estação de televisão britânica Sky News. No dia em que o Movimento para a Mudança Democrática (MDC) espera que a população aceite o apelo à greve geral, a Sky News adianta que as lojas estão abertas e que o movimento é igual a um qualquer dia normal. A estação de televisão avança três razões para um possível fracasso da greve geral. Segundo um jornalista da Sky, no local, a «população não tem emprego, por isso trabalha por conta própria. Portanto, se não forem trabalhar não têm dinheiro». Os poucos que têm emprego «estão preocupados com a possibilidade de o perderem, devido à falta de trabalho no país», refere a Sky.

JO2008: Consumidores chineses contra produtos franceses
Depois dos distúrbios à passagem da chama olímpica em Paris na passada semana, os consumidores chineses deram ontem largas ao nacionalismo e iniciaram uma campanha de boicote às marcas francesas, a quem acusam de apoiar o Dalai Lama. Desde blogues na Internet a mensagens curtas por telefone, de correios electrónicos a mensagens instantâneas nos serviços de conversas na rede, os consumidores chineses estão a receber apelos para se recusarem a comprar marcas e produtos franceses, numa campanha que visa sobretudo os hipermercados Carrefour, líder no mercado de retalho na China. «Se ama o seu país, não vá ao Carrefour entre 08 e 24 de Maio, três meses antes dos Jogos Olímpicos, porque os seus accionistas apoiam o Dalai Lama. O presidente francês diz que vai boicotar os Jogos, mas nós vamos boicotar os produtos franceses», refere uma mensagem curta em chinês que circulava ontem em Pequim.

ANGOLA: Presidente exonera ministro dos Transportes e anuncia outras trocas
de Angola exonerou André Luís Brandão do cargo de ministro dos Transportes, divulgaram os serviços da Presidência em nota tornada pública em Luanda. No mesmo despacho, o chefe de Estado anuncia uma mudança de cadeiras em vários cargos da administração do Estado. O Presidente da República exonerou ainda Augusto da Silva Tomás do cargo de secretário de Estado para o Sector Empresarial Público, e Luís de Assunção Pedro Mota Liz, do cargo de vice-ministro da Administraçãodo território.

GUINÉ-BISSAU: Dois militares e um civil portugueses integram missão da EU
Três portugueses integram a comitiva avançada da União Europeia (UE)estão em Bissau para preparar as condições logísticas e operacionais da missão europeia para reforma do sector de defesa e segurança da Guiné-Bissau. O coronel João Maria do Couto Lemos, o capitão José Silva Capelo e Miguel Girão de Sousa, conselheiro político, são os três elementos portugueses que integram a Missão da União Europeia de Apoio à Reforma do Sector da Segurança na Guiné-Bissau (EU SSR Guiné-Bissau, da sigla em inglês), liderada pelo general espanhol Juan Esteban Verastegui.

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