Harare recusa credenciar jornalistas ocidentais e ameaça deter os ilegais
- Serviços secretos está a examinar individualmente os cerca de 300 pedidos de acreditação de jornalistas estrangeiros
O GOVERNO do Zimbabué anunciou ontem que procederá à detenção de qualquer jornalista ocidental que entre no país fazendo-se passar por turista para cobrir as eleições presidenciais, legislativas e locais de 29 de Março. A informação foi prestada por um alto funcionário do regime ao jornal estatal “Sunday Mail”. Em declarações publicadas pelo jornal, George Charamba, o secretário permanente do Ministério da Informação, disse que uma equipa composta por funcionários do seu Ministério, dos Negócios Estrangeiros e dos serviços secretos está a examinar individualmente os cerca de 300 pedidos de acreditação de jornalistas estrangeiros recebidos pelo Governo e que nenhum jornalista ocidental receberá credenciais para trabalhar no país no período eleitoral. Segundo Charamba, os “jornalistas ocidentais não serão autorizados a cobrir as eleições porque os governos dos seus países acreditam que apenas eleições ganhas pela oposição poderão ser consideradas livres e justas”. Estamos atentos a tentativas dos governos hostis de transformar jornalistas em observadores ou de infiltrar observadores não autorizados e pessoal de segurança à sombra dos media ou organizações privadas, e iremos detê-los e expulsá-los”, garantiu George Charamba ao jornal.
Missionário português ferido em assalto em Cabo Delgado
Um missionário português foi ferido com gravidade num assalto a uma missão católica em Cabo Delgado, no Norte de Moçambique, mas está “fora de perigo” no Hospital Central de Maputo. Em declarações à Agência Lusa, o responsável pela congregação dos Missionários da Boa Nova, padre Anastácio Jorge, relatou que João Gonçalves, de 78 anos, chegou a Maputo inconsciente, acompanhado por um enfermeiro do Hospital de Pemba.
Cavaco Silva está desde sábado no nosso País
A segurança, discreta mas bem visível e assegurada por militares, e a longa caravana automóvel com batedores da polícia, eram na manhã do último sábado o único sinal de que o Presidente da República português acabara de aterrar em Maputo. Cavaco Silva, que viajou no voo da TAP que regularmente assegura a ligação entre Lisboa e Maputo (uma viagem de quase 11 horas), desembarcou na capital moçambicana – onde fazia sol e uma temperatura superior a 30 graus - às 10:56 (08:56 em Lisboa), tendo sido recebido à chegada por uma pequena e discreta comitiva alinhada no final da escada do avião.
PAM garante ajuda de emergência para 60 mil vítimas do ciclone“Jokwe”
Cerca de 60 mil moçambicanos afectados pela passagem do ciclone “Jokwe” vão receber ajuda alimentar de emergência do Programa Alimentar Mundial (PAM), anunciou o director do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INCG). Bonifácio António adiantou que 60 mil moçambicanos serão abrangidos pela iniciativa do PAM. “Estamos ainda a avaliar as necessidades, pelo que o número (de pessoas afectadas pelo “Jokwe”) poderá ainda aumentar”, frisou Bonifácio António, citado pela agência IRIN, do Departamento de Coordenação das Ajudas Humanitárias da ONU. O “Jokwe” provocou a morte de 17 pessoas e ferimentos em 15, e afectou mais de 30 mil casas, que ficaram total ou parcialmente destruídas em consequência da sua passagem, sobretudo nos dias 07 e 08, pelas região Norte e Centro de Moçambique.
Campanha de solidariedade da Oikos para famílias de Morrumbala
As vias de acesso em Morrumbala estão completamente inundadas, aumentando as contrariedades na evacuação das famílias afectadas e o isolamento das mesmas. É necessário recorrer a meios aéreos para socorrer e distribuir ajuda, o que dificulta e encarece a assistência. A Oikos, em total colaboração com as autoridades locais e com os militares moçambicanos, está a auxiliar no resgate das pessoas e na localização das aldeias afectadas e isoladas pela água. Já estamos a distribuir alimentos, a construir poços de água em zonas de reassentamento e, brevemente, a instalar tendas e a distribuir kits de bens essenciais.
Maria de Medeiros, Artista para a Paz, (en)canta no nosso País
A actriz e cantora Maria de Medeiros actua em Abril no nosso País naquele que será o primeiro acto como «Artista UNESCO para a paz» e onde irá tentar dar mais visibilidade à educação artística. Nomeada oficialmente «Artista UNESCO para a paz» hoje, segunda-feira, em Paris, Maria de Medeiros explicou à agência Lusa que daqui para a frente irá associar a sua agenda à da organização internacional, como forma de promover as actividades de promoção da cultura.
O PRÉDIO (II) (por Gil Gonçalves)
Entupiram as fossas nasais do esgoto, como uma baleia esguichou, marulhou, evacuou o lodo humano oprimido nas galerias tubulares. Deu à costa frontal do prédio. Ninguém se importunou com o habitat anormal, convivência sem regras. O perfume abjecto dita o paradigma da aceitação social, o lazer decisório impõe o retorno medieval, do cavar vala e escoar o fedorento nojo pela rua afora. E obram-se, comemoram-se festejos pelo feito alcançado, devidamente autorizados por quem de direito.
Frelimo já corre, não sabe é para onde (por Orlando Castro)
O porta-voz da Frelimo, Edson Macuácua, justificou a remodelação no Governo moçambicano com a tese do presidente da República, Armando Guebuza, de que “não é tempo para andar mas para correr”. Gostei. Gostei mesmo. No entanto, vistas bem as coisas, é preciso que alguém explique ao presidente que o seu Governo está de facto a correr... mas no sentido errado.
O treinador e a equipa (por Jorge Eurico)
Armando Guebuza, digo eu, também quer (e deve) mostrar trabalho. Sucede, porém, que, contrariamente a Joaquim Chissano, não tem uma equipa técnica e politicamente competente que lhe permita mostrar trabalho, de molde a convencer alguns (mas quase todos) companheiros de partido, bem como o eleitorado, que merece dirigir os destinos de Moçambique e dos moçambicanos.
Jacob Zuma quer pena de morte na África do Sul (por José Gama, Pretória)
As reações saídas do último congresso do ANC alegando que o novo líder do partido no poder na África do Sul Jacob Zuma e o Presidente da República Thabo Mbeki exerceriam uma coabitação pacifica por ambos pertencerem ao mesmo partido começa a ser contrariada na acção practica. Em entrevista recente ao “Finantial Time” de Londres, Jacob Zuma ataca frontalmente o Presidente Thabo Mbeki ao dizer que o poder na África do Sul está nas mãos do partido que lidera o país. Em resumo o Presidente do ANC tentou transmitir que no seu país é ele quem manda.
ANGOLA: Páscoa tensa na província de Cabinda (por Jorge Heitor/Público)
As cerimónias da Semana Santa em Cabinda foram, mais uma vez, assinaladas pela tensão entre as autoridades e uma parte da comunidade cristã, com dificuldades levantadas a alguns milhares de fiéis que procuravam fazer um percurso entre as paróquias de Santa Catarina, São Pedro e São Tiago, contou, domingo último, ao PÚBLICO o activista cívico Agostinho Chicaia.
GUINÉ BISSAU: Governo apresenta queixa contra jornalista
O Ministério da Administração Interna da Guiné-Bissau apresentou recentemente, no Ministério Público, queixa contra o jornalista que noticiou que as esquadras de Bissau tinham sido desarmadas pelo chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, general Tagmé N’Waié. “Acabámos de apresentar queixa no Ministério Público”, disse à Agência Lusa o assessor de imprensa do Ministério da Administração Interna, Bacar Tcherno Dolé. “A falha do jornalista foi não ter confrontado o Ministério da Administração Interna com as informações que tinha”, acrescentou Dolé. Na edição de segunda-feira, o semanário Última Hora noticiou que o chefe de Estado-Maior general das Forças Armadas Guiné-Bissau, general Tagmé Na Waié, mandou recolher todo o armamento das esquadras da polícia de Bissau.
Estas e outras notícias podem ser lidas, na íntegra, em PDF solicitando via e-mail ao lado.
quarta-feira, 19 de março de 2008
Alguns destaques da edição 173, de 18/Mar/2008
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