domingo, 16 de março de 2008

Alguns destaques da edição 172 de 17/Mar/2008

Assassinatos,brutalidade e extorsão no reino da Frelimo, Guebuza & C.ª (por Orlando Castro/Alto Hama)
- Forças de segurança cometeram vários assassinatos em Maputo e arredores
OS abusos cometidos pelas forças de segurança, incluindo assassinatos, brutalidade, detenções arbitrárias e extorsão, continuam a ser as áreas merecedoras de maior censura em matéria de Direitos Humanos em Moçambique, considerou recentemente o Departamento de Estado norte-americano. De acordo com o Relatório de 2007 sobre os Direitos Humanos em Moçambique, apresentado a semana passada em Maputo pelo encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos da América, Todd Chapman, o ano passado registou mesmo um aumento no número deste tipo de violações de Direitos Humanos.

Debilidade do USD transforma zona euro na primeira economia mundial A zona euro tornou-se a primeira economia mundial, devido à queda do dólar, revela o Banco de investimentos Goldman Sachs em um estudo publicado na última sexta-feira. A perda da hegemonia da economia americana “é mais um sintoma da actual valorização do euro, que é a tradução da diferença de dinamismo entre as duas economias”, destacou o Banco. Em 2007, o Produto Interno Bruto da zona euro era de 8,873 trilhões de euros, enquanto o dos Estados Unidos, de 13,843 trilhões de dólares. Com o euro a mais de 1,56 dólar, a economia europeia supera a dos Estados Unidos, já que o euro foi negociado no último fim de semana a 1,5688 dólar.
Bruxelas atribui 9,4 ME para três projectos de desenvolvimento
A Comissão Europeia anunciou a semana passada a concessão ao nosso País de 9,4 milhões de euros para projectos de reabilitação e gestão de água, capacitação em planeamento e gestão no domínio da energia e comércio e ambiente de negócios. As três convenções de financiamento foram assinadas em Maputo pelo representante da Comissão Europeia em Moçambique, Glauco Calzuola, e o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Henrique Banze. “Estes projectos irão impulsionar a realização de acções concretas do Governo de Moçambique”, disse, na ocasião, o governante . Glauco Cualzuola aludiu aos convénios hoje assinados como um “passo importante para a realização dos objectivos que o Governo moçambicano definiu”.

Mandjermanes: De manifestação em manifestação até à victória final
Os cerca de 16 mil antigos trabalhadores moçambicanos na extinta República Democrática Alemã (RDA) prometeram nunca desistir de reclamar ao Governo as compensações pelo trabalho na Europa a que dizem ter direito. “O processo demonstrou que a nossa causa é justa, mesmo com a morte de colegas e de todos nós com o tempo, como parece ser a vontade do Governo, os nossos filhos continuarão esta luta”, disse à Agência Lusa Arnaldo Mendes, vice-presidente da Associação dos Trabalhadores Moçambicanos na Alemanha (ATMA). “Tudo o que nos foi pago, foi mal pago, o Governo roubou-nos e reconhece isso, agora que nos devolva tudo o que nos deve. Podemos não ter razão com a justiça que temos agora, porque é controlada [pelo Governo], mas a nossa causa é justa, todos reconhecem isso”, insiste o vice-presidente da ATMA.

Dois amigos eternos: Alto Hama e Pululu (por Jorhe Eurico)
O “Alto Hama” (http://altohama.blogspot.com/), do companheiro, amigo, Mestre e jornalista Orlando Castro, é o café (a única droga socialmente aceitável neste mundo que cada vez mais se confunde com Sodoma e Gomorra) quente e saboroso que me desperta quando a noite começa a vestir-se de branco. O “Pululu” (http://pululu.blogspot.com/), do não menos companheiro, amigo, conselheiro e académico Eugénio Costa Almeida, é o cigarro (estou careca de saber que faz mal à Saúde) que me aquece e ajuda a avivar o disco duro da memória das minhas memórias. (…) Não leio o “Alto Hama” e O “Pululu” por causa da fleuma e da indulgente amizade (espero que dure por longos anos) que mantenho com O Orlando Castro e O Eugénio Costa Almeida. Leio estes dois blogues por encontrar neles brilhantes ideias, com as quais me identifico e cauciono. No “Alto Hama” e n’ O “Pululu” encontro invariavelmente resposta à minha dor de patriota (atenção: não sou patrioteiro, sou mesmo patriota) que assiste (im)potente ao esbulho da Pátria-mãe. Só por isso, e nada mais do que isso, fui, e continuo a ser, incompreendido por aqueles que se julgam angolanos de primeira.

O PRÉDIO (I) (Crínicas de Luanda por Gil Gonçalves)
- A juventude é ávida por álcool, porque não tem acesso ao petróleo. Somente depois da última árvore derrubada, depois do último animal extinto, e quando perceberem o último rio poluído, sem peixe, O Homem irá ver que dinheiro não se come! (Provérbio Indígena) In Rosane Volpatto caradobrasil.com.br

O prédio caiado de branco, higiénico, era dos Brancos. Ocupei-o, ocupamo-lo nas prerrogativas da liberdade. Vida nova nos prédios que conquistámos. Não são mais do colono Pertencem-nos, tudo agora é nosso. Só meu! Só teu! Vou gozar bué a minha independência. Viva o socialismo! Viva o poder popular! Arrombei a porta, escrevi na parede à entrada, OCUPADO. Os Brancos deixaram coisas bonitas, são minhas, só minhas catitas! Deixaram o que nos roubaram. Colei um biquíni, mini-saia ultracurta, espelhei-me e pirei-me. Vou festejar, passear, tangar, bangar. Não acabam, não acabem os festejos, são os meus desejos. O tempo passou, senti que algo, jamais voltou. De repente tudo acabou. Chegou o trunfo, triunfo do analfabetismo. Os prédios, o prédio, alagava na vontade soberana o desejo de se autodestruir. A água, a luz, o elevador, não foi terramoto ou ciclone que o danificou. Condutores eléctricos, interruptores, fusíveis, lâmpadas, foram-se das escadas para as mãos habituadas, suadas nestas andanças dos canibais ecléticos, eléctricos. No motor do elevador alojou-se morador, contente com casinha ao dispor. A cagar
num papel, amontoando-o no convés da rua. A casinhota de serviço milimétrica forçada a acolher cinco gloriosos inquilinos inesperados, albergados. Novos donos intemporais do lixo que trespassam, iluminam a paisagem devastada do inumerável residual. Degraus das escadas partidas, pelo arrastar das partidárias botijas de gás.

Paris quer reorganizar presença militar em África
A reorganização da presença militar francesa em África, anunciada a 28 de Fevereiro último na cidade do Cabo (África do Sul) pelo Presidente francês Nicolas Sarkozy, não diz respeito às Forças Francesas do Cabo Verde (FFCV) estacionadas no Senegal, soube a PANA sexta-feira em Paris de fonte militar. A França deseja manter a sua base militar no Senegal para garantir uma melhor cooperação no domínio da segurança e da prevenção dos conflitos com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), indicou a mesma fonte.

ANGOLA: EUA e Israel ajudaram Luanda a assassinar Jonas Savimbi, líder do Galo Negro
O apoio tecnológico dos Estados Unidos e Israel a Angola foi decisivo para a morte, em Fevereiro de 2002, do líder da UNITA, Jonas Savimbi, defende um antigo oficial miliciano português no seu primeiro livro, a apresentar sexta-feira. Joaquim Morais, autor de “Jonas Savimbi – Angola para todos os angolanos um símbolo uma bandeira e uma pátria”, uma edição de autor, rejeita a versão oficial da morte em combate, a 22 de Fevereiro de 2002, de Jonas Savimbi. “Estou absolutamente convicto, e tive acesso a relatos de pessoas que o acompanharam, que os Estados Unidos, juntamente com israelitas, e utilizando um sofisticado meio de detecção de satélite, conseguiu descobrir a coluna de Savimbi e indicaram às Forças Armadas Angolanas (FAA), no terreno, as coordenadas”, sustenta.

ALBANIA: Nove mortos devido explosão de paiol, novo balanço
Pelo menos nove pessoas morreram sábado devido à explosão de um depósito militar de munições em Gradec, a norte de Tirana, declarou ontem o primeiro-ministro albanês, Sali Berisha. «Os socorristas continuam as buscas para eventualmente encontrar mais vítimas», precisou Berisha numa conferência de imprensa em Tirana.

HOLANDA: Manifestantes pró-Tibete invadem embaixada da China
A embaixada chinesa em Haia, na Holanda, foi atacada por um grupo de 100 manifestantes, que protestavam contra a presença da China no Tibete, tendo duas pessoas conseguido invadir o edifício. As autoridades detiveram os intrusos, levando-os para interrogatório, após mais de meio milhar de pessoas se ter concentrada na capital holandesa, com o objectivo de se unirem aos protestos de todo o mundo pelas vítimas em Lhasa, no Tibete. Durante o aniversário da fracassada rebelião tibetana contra o mandato chinês em 1959, que causou o exílio do Dalai Lama, o exército da China está em confrontos com a população e os monges tibetanos, tendo provocado a morte de uma centena de pessoas, segundo dados não oficiais.

IRÃO: Eleições «não foram livres ou justas», diz EU
A União Europeia (UE) manifestou ontem a sua «profunda preocupação» relativamente às eleições legislativas no Irão, que, considera, «não foram livres, nem justas». Em comunicado, a presidência eslovena lamenta o facto de o processo ter ficado «aquém dos padrões internacionais», sem permitir eleições «verdadeiramente concorrenciais», já que, antes do acto eleitoral, um grande número de candidatos reformadores foram desqualificados. As exclusões «constituem uma clara violação das normas internacionais», acusa o organismo, acrescentando que «o povo iraniano merece poder fazer uma verdadeira escolha democrática sobre o futuro do seu país». Os resultados, ainda parciais, das legislativas do Irão, que decorreram na passada sexta-feira, indicam que os conservadores venceram, com 71% dos votos, garantindo 290 assentos no Parlamento iraniano.

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