quinta-feira, 20 de março de 2008

Alguns destaques da edição 176, de 21/Mar/2008

"Violem-me, violem-me; espanquem-me, espanquem-me!"
- Na África do Sul, chegam anualmente à Polícia cerca de 54 mil queixas de estupro

DEPOIS de apresentar, ao longo dos últimos anos, um dos maiores índices de estupros do mundo, a África do Sul vê agora o crime transformar-se em tema de um jogo infantil nas escolas, segundo denuncia um relatório divulgado recentemente pela Comissão de Direitos Humanos. “Viole-me, Viole-me” e “Espanque-me, Espanque-me” são dois jogos infantis, nos quais as crianças perseguem umas as outras e fingem que estão a agredir ou a estuprar os seus companheiros. “Isto demonstra a extensão e o nível que alcançou a brutalidade da juventude e no que se transformou a violência sexual na África do Sul”, afirmou a Comissão de Direitos Humanos, num relatório há cerca de uma semana.

Viva quem é incompetente, invertebrado, servil, acéfalo, capacho e... hermafrodita (por Orlando Castro/Alto Hama)
O importante num país como Portugal, onde tudo é de faz de conta, é ser filho (mesmo que bastardo) do que enteado (mesmo que legítimo). É ser incompetente e servil, acéfalo e capacho, invertebrado e solícito. Ou seja, curvar-se servilmente perante aqueles de quem depende. Não sei que objectivos movem um país, para além de uma dramática aproximação ao Burkina Faso, que institui o primado da incompetência e do servilismo como condição sine qua non para alguém ascender na hierarquia seja do que for. Não sei. Mas, reconheço, o problema não reside no facto de eu não saber. Reside, isso sim, no facto de quem tem por função saber, ser mais ignaro que um calhau, tenha ou não cunha, tenha ou não cartão do partido no poder, seja ou não amestrado. Quando vejo o que resta deste país entregue a um bando de vampiros que, para sobreviverem, sugam até o sangue dos filhos.

Cavaco Silva foi oficial, cavalheiro e.... cineasta
Os dois anos que o presidente português, Aníbal Cavaco Silva, passou no nosso País, onde cumpriu entre 1963 e 1965 uma comissão militar, revelam um apaixonado por viagens e desconhecido cineasta, segundo testemunhos recolhidos pela Lusa. José Macedo e Cunha, actual presidente do Grémio Literário e que até 1964 viveu no mesmo prédio que Cavaco Silva, recorda-se da faceta de cineasta do hoje chefe de Estado.

Empresa dos caminhos-de-ferro com resultados positivos em 2007
A empresa Caminhos de Ferro e Portos de Moçambique apresentou um lucro de 247,7 milhões de meticais (cerca de 10,3 milhões de dólares) em 2007, de acordo com os resultados provisórios anunciados quinta-feira em Maputo pelo seu presidente, Rui Fonseca. Dirigindo-se ao Conselho de Directores, Fonseca disse que a carga processada nos portos do país cresceu 5 por cento para 11,09 milhões de toneladas mas acrescentou que a carga transportada nos caminhos-de-ferro caiu 5 por cento para 736,3 milhões de toneladas-quilómetros, devido à quebra verificada no transporte de mercadorias entre o porto da Beira e o Zimbabwe.

Cáritas Espanha apoia plano de reconstrução em Moçambique
A Cáritas da Espanha acaba de aprovar doações de 60 e 50 mil euros para apoiar os planos de reconstrução postos em andamento pelas Caritas nacionais da República Democrática do Congo e de Moçambique para aliviar, respectivamente, os graves efeitos causados pelo terramoto que assolou a região de Bukavu no mês de Fevereiro passado e as graves inundações na bacia do rio Zambeze no final de Dezembro.

Maputo aborda em Luanda implementação do univisa na região
Os ministros das Relações Exteriores e Negócios Estrangeiros, Interior, Turismo, e sectores de segurança dos 14 países membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) vão reunir-se quarta-feira próxima , em Luanda, para a discussão da implementação do sistema univisa na região.

O PRÉDIO (Concl.) (por Gil Gonçalves, Luanda)
A comissão de moradores do prédio, vem mais uma vez, chamar a atenção dos moradores para tomada de consciência dos graves problemas de energia eléctrica que o nosso edifício apresenta. Como é do conhecimento de todos, já recebemos vários avisos por parte da EDEL nos quais declinam quaisquer responsabilidades, sobre eventuais prejuízos humanos e materiais resultantes do mau estado da instalação e que futuras intervenções à quaisquer anomalias no edifício, ficarão condicionadas ao cumprimento estrito da sua recomendação.

PSP desrepeita Convenção de Viena (por Eugénio Costa Almeida/Pululu)
Segundo uma notícia da agência noticiosa portuguesa LUSA, três elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP) terão entrado no Consulado-Geral do Brasil, em Lisboa, sem solicitar autorização ao cônsul em manifesta infracção às Convenções Internacionais, nomeadamente, ao facto doConsulado-geral, seja do Brasil ou outrem, ser, oficialmente, território estrangeiro e como tal, só ser possível de ser “invadido” a pedido das autoridades do país em causa ou quando ocorra uma manifesta falta de segurança que possa pôr em causa direitos civis e os responsáveis do “referido território” se encontrem impossibilitados de dar algum acordo ou aval. E pelo teor da notícia isso não parece ter acontecido. Bem pelo contrário! Será que em Portugal as autoridades policiais desconhecem a Convenção de Viena sobre Relações Consulares, de 1963 (24 de Abril)? Talvez seja bom que o Palácio das Necessidades, onde “habita” o Ministério dos Negócios Estrangeiros - são “negócios” , não são “relações” -, comece a esclarecer as suas autoridades policiais das suas naturais limitações.

Eleições no reino do Senhor Mugabe (por Vítor Gomes Pinto)
No dia 29 próximo pela primeira vez o Zimbabué, país de 13 milhões de habitantes no Sul da África, terá quatro eleições simultâneas, para Presidente, Câmara, Senado e governos locais. Robert Mugabe, aos 84 anos, quer um sexto mandato e é novamente o candidato pelo ZANU-PF (União Nacional Africana do Zimbabué - Frente Patriótica), mas desta feita tem dois fortes oponentes com chances: Morgan Tsvangirai, líder do MMD (Movimento para a Mudança Democrática) que foi por ele derrotado nas últimas eleições e o ex-Ministro das Finanças Simba Makoni, independente. Não há pesquisas de opinião confiáveis, mas a maioria hoje silenciosa parece dar o favoritismo a Makoni seguido por Tsvangirai.

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