sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Alguns destaques da edição 137 de 18/Jan/2008

Apertaram o gatilho, mataram o Jornalista mas não o Jornalismo (por Jorge Eurico)
– Seja quem for o próximo Ricardo de Mello, terá aqui no “Observador” direito de vida. Que disso se lembrem os que apertam o gatilho e sobretudo os que mandam apertar o gatilho.

Foi na noite de 18 de Janeiro de 1995 que os homens
(in)directamente ligados ao Menos, Pão, Luz e Água decidiram (sem vacilar) cortar fria, firme e barbaramente o fio da vida de um jornalista de 38 anos de idade que se preocupava simplesmente com a dignidade de Angola, que acreditava anormalmente na sua missão e confiava exagerada mente na pretensa democracia pós-91: Fernando Ricardo de Mello Esteves!

Ricardo de Mello, sinónimo de Liberdade (por Eugénio Costa Almeida)
Há 13 anos, Ricardo de Mello, director do jornal “Imparcial Fax” era assassinado em Luanda. Tal como com outras vozes incómodas, o “móbil do crime” foi furto ou similar, como, por exemplo, “saias”. Só que 13 anos depois as dúvidas continuam e o crime ainda está por ser clara e inequivocamente um não enigma.

No coração das cheias
O minúsculo porto de abrigo natural de Mutarara, no coração das cheias provocadas pela subida do rio Zambeze assemelha-se hoje a um terminal fluvial de uma qualquer grande cidade. Aqui chegavam durante a manhã de hoje, a espaços de poucos minutos, dezenas de canoas de madeira, estreitas e compridas, carregando pessoas, bicicletas, animais e enormes sacos de ráfia com tudo o que foi possível resgatar pelos habitantes de ilhas já submersas pelas águas do rio Zambeze.

Londres envia kits emergência para 10.000 pessoas vítimas das cheias
O Reino Unido anunciou recentemente o envio para Moçambique de «kits» de emergência para 10.000 pessoas desalojadas pelas cheias no centro e norte do país, entre outras medidas de apoio à acção humanitária em curso na África Austral.

Número de deslocados sobe para 61.149, primeira morte registada no Zambeze
As cheias no rio Zambeze fizeram até ao momento 61.149 deslocados e uma vítima mortal, a primeira registada oficialmente nesta bacia hidrográfica desde que tiveram início as inundações no País.
Em conferência de imprensa em Caia, onde está instalado o “quartel-general” da resposta das autoridades moçambicanas às cheias, o director-adjunto do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), João Ribeiro, adiantou ainda que foram resgatadas nas últimas 24 horas 1.874 pessoas (no vale do Zambeze vivem 286 mil pessoas).

Portugal conhecido como «o país das burlas e das fraudes fiscais»
O presidente da Eurojust, José Luís Lopes da Mota, disse no Parlamento que naquele organismo europeu “Portugal é conhecido como o país das burlas e fraudes fiscais, sobretudo relacionados com o IVA”.

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