segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Alguns destaques da edição 162, de 25/Fev/2008

Craveirinha “ressuscita” pela mão do Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa (por Alex Nhabanga)
O FUNDO Bibliográfico de Língua Portuguesa (FBLP) vai lançar proximamente a Obra Completa de José Craveirinha, revelou ao OBS Nataniel Ngomane, responsável pelo Gabinete Técnico daquela instituição. Segundo Nataniel Ngomane, a edição e publicação da Obra Completa do poeta é consequência de um projecto do FBLP que tem a duração de três anos.

Cavaco Silva visita Moçambique em viagem assessorada por Cravinho (por Orlando Castro/N.Lusófonas)
O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação português encontra-se desde ontem em Maputo, onde vai preparar a visita ao nosso País do Presidente Cavaco Silva, prevista para segunda quinzena de Março. Pôr João Gomes Cravinho a preparar a visita é meio caminho andado para o fracasso. A visita a Moçambique de Aníbal Cavaco Silva é a primeira na qualidade de chefe de Estado a um país africano de língua oficial portuguesa (no qual, aliás, prestou serviço miitar) pelo que, na minha opinião, deveria merecer o cuidado, o rigor e o profissionalismo que fogem à capacidade deste secretário, mesmo que sendo de Estado. Segundo Gomes Cravinho, a estada em Maputo vai servir também para negociar a liderança portuguesa no programa de apoio à Polícia de Moçambique, financiado pela União Europeia (UE), razão pela qual vai visitar quer o Comando daquela unidade policial e a delegação local da Comissão Europeia (CE).

FMI elogia desempenho económico mas alerta para a pobreza
O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera “impressionante” o desempenho económico de Moçambique, mas alerta, em nota divulgada, para a necessidade de reduzir a pobreza e estimular a actividade empresarial para criar emprego. Reconhecemos que o País ainda enfrenta grandes desafios.

Nasce hoje Fundação Manhiça
A assinatura da escritura pública da constituição da Fundação Manhiça será feita hoje, às dezoito horas, no Centro de Conferência Joaquim Chissano em Maputo. A cerimónia de hoje foi precedida da aprovação da sua criação pelo Conselho de Ministros do Governo de Moçambique em Maio de
2007.

COMUNICADO DE IMPRENSA: MSF apoia vítimas das cheias do Vale do Zambeze
Moçambique encontra-se novamente, em tão pouco tempo, a enfrentar uma nova situação de emergência, causada pelas chuvas torrenciais que tem caído no país e países vizinhos desde Dezembro de 2007, enchendo os caudais dos rios Zambeze e Pungué, deslocando cerca de 103,000 pessoas, nas províncias de Tete, Sofala, Manica e Zambézia. Populações que tem como única fonte de subsistência terra fértil e peixe do rio. Não indiferente à situação que se vive, a Médicos sem Fronteiras (MSF) esta presente desde Dezembro, prestando sua assistência a aproximadamente 15 000 famílias na província de Tete, distrito de Mutarara e na província da Zambézia, distrito de Mopeia e Morrumbala.

Jornalistas (por Gil Gonçalves, Luanda)
Jean Paul Sartre em Outubro de 1944 numa carta a Jean Paulhan respondia “O que é o existencialismo”; O homem deve criar a sua própria essência; é jogando-se no mundo, lutando, que aos poucos se define...a angústia, longe de oferecer obstáculo à acção, é a própria condição dela... O homem só pode agir se compreender que conta exclusivamente consigo mesmo, que está sozinho e abandonado no mundo, no meio de responsabilidades infinitas, sem auxílio nem socorro, sem outro objectivo além do que der a si próprio, sem outro destino além de forjar para si mesmo aqui na terra.

Timor-Leste, Portugal e os antibióticos (por Orlando Castro)
Se é verdade que para os portugueses, mais para os que hoje não sabem se amanhã terão o que comer do que para os que se (re)pastam à grande e à francesa, Timor-Leste é uma paixão, não menos verdade é que - como paixão - ao estar longe da vista ficou longe do coração. Quando o drama bata à porta de Timor, Portugal parece querer acordar e (re)acender a paixão. É sempre assim. Há tiros, morrem pessoas? Então é notícia. Então as televisões, as rádios, os jornais falam, falam, falam mas quase sempre não dizem nada.

HARARE: Mugabe lança campanha à reeleição em festa de aniversário
O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, comemorou o seu aniversário de 84 anos com um enorme comício sábado último, durante o qual lançou oficialmente a sua campanha à reeleição. Mugabe, no poder desde a independência do país da Grã-Bretanha, em 1980, quer mais cinco anos de mandato para aumentar o seu controle no país. O Zimbábue está mergulhado numa crise económica marcada por inflação de mais de 100 mil por cento e escassez crónica de alimentos e combustíveis.

África do Sul e Botswana querem comprar centrais zimbabweanas
Empresas de distribuição de electricidade do Botswana e da África do Sul estão em competição para a aquisição de três centrais térmicas inutilizadas no vizinho Zimbabwe, soube-se de fontes oficiais quinta-feira. Estas fontes, que preferiram o anonimato devido à natureza delicada das negociações, indicaram que as empresas propuseram retomar as três centrais zimbabweanas inutilizadas para relançar as suas operações.

ANGOLA: Militares do regime apostam na «razão» da força (por Norberto Hossi/N.Lusófonas, Luanda)
O que muitos desconfiavam e foi aqui noticiado no Notícias Lusófonas, começa a ficar mais visível, em Angola, quanto às motivações que estão na origem do ressuscitado semanário Independente, que lidera, com a chefia da Casa Militar da Presidência da República e do secretário para a Informação do MPLA, Norberto dos Santos Kwata Kanawa, uma campanha visando o assassinato do jornalista William Tonet, director do Folha 8. Não se trata de um órgão de comunicação social privado, mas sim dos Serviços da Segurança de Estado de Angola. A composição dos seus proprietários, todos agentes de topo na estrutura do SINFO (Serviços de Informação do Estado), nomeadamente; Fernando Manuel (que chegou a ser vice-ministro da Segurança), Luís Fragoso-Loy, ligado às Análises e Informação, Pena Fernando, operativo de sistemas e actual director de gabinete de Joaquim Mande, inspector-geral do Estado (homem ligado a Kundi Pahiama), Estevão Kauanda e Cristóvão A, afectos as operações especiais, não deixa dúvidas.

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