terça-feira, 1 de abril de 2008

Alguns destaques da edição 182, de 31/Mar/2008

Unesco “puxa tapete” a Repórter Sem Fronteiras
- Organização é acusada de receber financiamento do Departamento de Estado norte-americano
A Prensa Latina noticiou em Paris que a Organização das Nações Unidas para a Educação,
Ciência e Cultura (Unesco) retirou a 12 de Março, o co-auspício por motivo do Dia da Liberdade da Internet ao grupo Repórteres Sem Fronteiras (RSF). Fontes diplomáticas da Unesco declararam à PL que “o órgão tomou a decisão em virtude da reiterada falta de ética dos RSF nos seus propósitos de desmoralizar um certo número de países”. “A actuação dos RSF não se ajusta ao perfil nem às propostas da Unesco e volta a demonstrar o seu interesse sensacionalista, querendo erigir-se como Tribunal inquisidor de nações em vias de desenvolvimento”, destaca o órgão citando os meios consultados que acrescentaram que “por isso e por outros antecedentes, a entidade da ONU avalia dar por terminada definitivamente a relação com os RSF, excluindo-os de qualquer tipo de colaboração no futuro” Apesar do facto de que é agora bem conhecida a vinculação da pseudo-ONG francesa com a CIA e com o Departamento de Estado norte-americano, o secretário vitalício da organização tinha conseguido penetrar nos círculos da Unesco e recuperar a sua rede de comunicação a favor de Washington.

Viver a vida sem usar falsos padrões morais (por Nvunda Tonet)
Os seres humanos gozam do privilégio de possuírem a inteligência, o que de certo modo diferencia das restantes espécies existentes no globo. A presente crónica pretende pincelar como podemos aproveitar a vida, ou melhor viver a vida sem desvario, mas fazendo fundamentalmente actividades que nos rejuvenescem em todos os sentidos. Sempre que nos propusemos a reflectir sobre o modo de vida, surgem inúmeras inquietações, nomeadamente sobre o modelo mais aceitável e a conduta que os cidadãos devem seguir para se enquadram nos padrões estabelecidos pela sociedade.

Pão com sabor a mandioca
O aumento imparável do preço de trigo nos mercados internacionais e o consequente agravamento do custo de pão, alimento básico para a população, voltam as esperanças de Moçambique para uma alternativa tipicamente nacional: a mandioca. Logo que a tendência da subida do valor do trigo no mercado internacional se mostrou irreversível e se tornou patente a insatisfação popular face ao aumento do preço do pão, o Ministério da Agricultura de Moçambique e a Universidade Eduardo Mondlane (UEM), com o encorajamento dos panificadores, envolveram-se em ensaios para estudar a possibilidade de utilização de farinha de mandioca no fabrico do pão.

Doença de miseráveis na Beira custa 520 meticas (por António Mavila, Beira)
A contracção da cólera na cidade portuária da Beira tem preço. Custa 520 meticais por dia. Tudo isto porque os chamados vendedores informais invadiram todas as ruas da cidade e fazem refeições em locais inapropriados, sem as mínimas condições de higiene. A venda de comida ao ar livre começou no mercado do Maquino, mesmo centro da cidade da Beira e a situação foi ganhando terreno perante o olhar impávido das autoridades municipais por um lado e da saúde por outro. A nossa reportagem fez uma ronda por varias artérias da cidade e em vários locais embora distantes um do outro e constatou que se continua a confeccionar comida sem as mínimas condições de higiene até mesmo ao lado de fezes ou outros resíduos sólidos com mau cheiro à mistura.

As eleições, o Quénia e o analfabetismo (por Gil Gonçalves, Luanda)
Não são as eleições, não é o Quénia, é o analfabetismo. As convulsões das sociedades têm sempre como origem os governos. Falta-nos a profundidade da coragem para o denunciar. Não me surpreende a suavidade das palavras que absorvo contidas num dos universos paralelos de um verdadeiro jornalista; suaves, escorridas como a metafísica da cachoeira do Sumbe. Os governos nada têm de extraordinário, exceptuando que são compostos por homens. E neles nos descontentamos sempre, porque não sendo aromáticos destroem os jasmins do ultra epifenómeno. Como universos em expansão que se afastam de nós à velocidade da luz, arrastando o iluminismo e Locke e Voltaire para o eterno não retorno.

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