O Presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, vai estar a 3 e 4 de Fevereiro em Moçambique, para visitar as zonas afectadas pelas cheias dos rios Zambeze e Pungué, anunciou ontem a instituição financeira.
Zoellick chegará a Moçambique depois de participar na Cimeira da União Africana em Addis Abeba (Etiópia), e tem previsto um encontro com o presidente moçambicano, Armando Guebuza, além de outros governantes, empresários e representantes da sociedade civil.
O porta-voz do Centro Nacional Operativo de Emergência (CENOE), Belarmino Chivambo, disse ontem à Lusa que continuam a chegar diariamente uma média mil pessoas aos centros de realojamento das vítimas das cheias, estando a contagem oficial em 81 mil pessoas deslocadas (77.150 na terça-feira).
Há um ano, o número de deslocados elevou-se a cerca de 160 mil. A tendência de estabilização dos quatro principais rios do centro do país e das descargas da barragem da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, uma das principais razões das inundações no vale do Zambeze, continuou nas últimas 24 horas, adiantou Belarmino Chivambo.
Do programa ontem divulgado consta ainda uma visita à fábrica de alumínio Mozal e ao centro de distribuição de gás de Temane, dois "mega-projectos" empresariais apoiados pelo Banco Mundial. O presidente desta instituição financeira mundial desloca-se também à Libéria e à Mauritânia.
O périplo africano surge numa altura em que o Banco Mundial anuncia que em 2008 vai superar o nível recorde de envolvimento em projectos no continente africano atingido no ano passado.
Em 2007, a Associação Internacional para o Desenvolvimento (IDA) e a Corporação Financeira Internacional (IFC) aplicaram, respectivamente, 5,7 mil milhões de dólares e 1,6 mil milhões de dólares em projectos no continente africano.
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